segunda-feira, 22 de março de 2010

Deputados potiguares lutam pela sanção presidencial da ZPE do Sertão

O Congresso Nacional aprovou recentemente a primeira ZPE - Zona de Processamento de Exportação a ser implantada no Rio Grande do Norte, no município de Assú. A instalação da ZPE no Vale do Açu deverá atrair investidores internacionais, alavancando o desenvolvimento e a realidade econômica local. O deputado federal Fábio Faria, coordenador da bancada do RN, defende agora a união dos parlamentares potiguares para buscar a sanção presidencial da chamada ZPE do Sertão.

“A nossa bancada sempre esteve unida em defesa do desenvolvimento do Rio Grande do Norte, deixando de lado os interesses partidários. E esse é um projeto antigo, pensado para consolidar o crescimento econômico do Vale do Açu e das regiões circunvizinhas. Mas sem a sanção presidencial, esse grande projeto não poderá sair do papel”, justifica Fábio Faria, que fez recente pronunciamento na Câmara dos Deputados sobre o assunto. Ele lembra que a implantação da ZPE do Sertão promoverá novas oportunidades de negócios capazes de gerar emprego e renda para a população e tributos para o Estado.

Na opinião de especialistas, essa ZPE caracteriza-se como um valioso instrumento para dinamizar a infraestrutura produtiva regional, através do processamento de matérias-primas existentes no semiárido potiguar.

Há a possibilidade concreta do processamento de fontes minerais como calcário, ouro, caulim, sal, ferro, gemas preciosas e semipreciosas, rochas ornamentais e ainda a fruticultura irrigada, entre outras tantas potencialidades econômicas do nosso Estado.

A ZPE do Sertão abrange em sua área de influência cerca de 40% dos municípios do Rio Grande do Norte, localizados nas zonas homogêneas Mossoroense, de Caicó, de Currais Novos, das Serras Centrais e o próprio Vale do Açu. Ainda alcançará produtores de matérias-primas oriundas do leste do Ceará e oeste da Paraíba.

A atração do capital externo precede de investimentos em três áreas importantes para a logística da ZPE. Será necessário ampliar e estruturar o Porto de Natal, recuperar as ferrovias que cortam o Estado e ainda a construção do Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante. O Porto de Natal precisa ter capacidade para receber navios de pelo menos 100 mil toneladas para ter condições de competir com os portos de Pecém, no Ceará, e Suape, em Pernambuco.

O líder do PMN na Câmara Federal lamenta o descaso do poder público com as ferrovias, um sistema de reconhecido baixo custo que tem sido preterido em detrimento das rodovias. “Alguns projetos têm sido retomados, como a Transnordestina, por exemplo, mas infelizmente, com a exclusão do Rio Grande do Norte, perdemos a possibilidade de interligação com outros centros”, avalia.

Uma solução alternativa, a depender de estudos mais aprofundados de viabilidade econômica, seria a ligação de um ramal ferroviário ligando Assú-Mossoró, a Quixadá, no Ceará, uma extensão de 267 quilômetros.

Fábio Faria afirma grande preocupação também com o Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, cuja licitação não tem data para acontecer. Segundo ele, a conclusão do Aeroporto Internacional de Cargas é imperativa para o desenvolvimento não só do Rio Grande do Norte, mas do Nordeste e do Brasil.

Da redação do DIARIODENATAL.COM.BR

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