terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Robinson Faria afirma que Wilma comete equívoco


O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Robinson Faria (PMN), comentou ontem as declarações da governadora Wilma de Faria (PSB), que em entrevista na edição do último domingo à TRIBUNA DO NORTE disse não ver líderes e nem condições para uma terceira via nas eleições do próximo ano. Robinson Faria disse que a chefe do Executivo Estadual se equivoca ao utilizar a palavra “coragem” como sendo um adjetivo faltoso para os aspirantes a protagonistas ao pleito do próximo ano. “Ela deu, na verdade, uma opinião pensando em fortalecer o candidato dela, o vice-governador Iberê Ferreira, mas no meu ponto de vista existe um sentimento da população que espera por isso (pela terceira via). Eu não estou dizendo que seja eu. Agora não se trata de coragem, eu acho que ela usou uma palavra equivocada. Eu acho que ela (a governadora) quis ali diminuir esse impacto de uma terceira via para poder favorecer o candidato dela, que como ela mesma diz é irreversível”, salientou o parlamentar. Robinson disse que o principal obstáculo para consolidar uma terceira via na eleição estadual de 2010 no Rio Grande do Norte é a carência de um grupo que alicerce as candidaturas postas. Ele disse que tentou fazê-lo, por meio da Unidade Potiguar, quando uniram-se o PMDB do deputado Henrique Eduardo Alves; o PR, do deputado federal João Maia; além do próprio PMN e PP, siglas sob seu comando. “Mas houve uma dispersão, então você não pode ser candidato sozinho contra duas forças tradicionais, mas que existe o espaço para a terceira via isso existe”, reforçou, admitindo que, embora não esteja fora de cogitação, uma candidatura majoritária paralela às do Governo e da oposição, no momento, está mais difícil de se consolidar.

Robinson Faria tem se mostrado cada vez mais distante do grupo hoje sob a liderança da governadora Wilma de Faria. Visto durante o final de semana ao lado da líder pessebista, no município de Passagem, fez questão de dizer que foi um encontro casual e que nada de política foi mencionado. “Na hora em que ela (Wilma) fortalece um único candidato de um grupo que tem outros quatro, é lógico que ela automaticamente se distancia dos outros. Essa foi uma opção que ela fez. Esse cerceamento foi provocado por ela, porque faz um ano e meio que ela anda com Iberê o Estado inteiro quando sabia que no grupo dela tinha candidatos em posições bem melhores, mas ela preferiu, talvez por conveniência, adotar essa caminhada ao lado do vice-governador”, frisou.

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