O senador Garibaldi Alves Filho (PMDB) disse ontem, em entrevista ao
Jornal do Dia, da TV Ponta Negra, que apesar de apoiar a candidatura da
ex-ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), à presidência da
República, não subirá no Rio Grande do Norte no mesmo palanque do
candidato ao Senado, derrotado no último dia 3 de outubro, Hugo Manso
(PT). O dirigente petista teria dito que considerava o peemedebista um
“analfabeto político” face o mesmo apoiar as candidaturas de Dilma e de
Rosalba Ciarlini, que é do DEM, para o governo do Estado. “Vamos apoiar
da melhor maneira possível e dentro de uma a situação que não nos traga
dificuldades. O RN precisa saber que eu fiquei triste com o que ele
falou. Até agora eu não sei onde ele foi buscar aquilo, de modo que eu
prefiro que a campanha seja em dois palanques, três ou quatro, se
necessário. O que eu não posso é ir para um lado de uma pessoa que me
agrediu daquela maneira”, reagiu o senador.
Garibaldi defende que os seis deputados estaduais eleitos pelo PMDB
componham a base de sustentação da governadora eleita Rosalba Ciarlini
na Assembleia Legislativa. “Não há motivos para que o PMDB continue
dividido. Nós devemos chegar a uma posição em relação ao governo de
Rosalba. Eu sou contra o PMDB tergiversar. Não dá para ficar em cima do
muro”, afirmou. O partido em âmbito local deve se reunir hoje e amanhã
e uma das pautas será o posicionamento no governo Ciarlini. O senador
defende também que o PMDB, se convidado, possa indicar pastas do
governo estadual comandado pelo DEM.
Ele falou ainda sobre a reunião, convocada pelo presidente Lula, e
que pediu o empenho de todos os eleitos na campanha da petista. “Todos
se comprometeram a fazer um esforço para levar Dilma ao primeiro lugar
agora no segundo turno juntamente com Michel Temer. Eu acredito, pela
qualidade daquelas lideranças, que elas vão fazer exatamente isso”,
atestou Garibaldi Alves.
O senador disse que não haverá cisão com os colegas do DEM, Rosalba
Ciarlini e José Agripino Maia, ambos apoiadores de José Serra (PSDB).
“Todo casamento tem que dar um tempo. Só lamento que seja em plena
lua-de-mel, mas isso não vai trazer nenhum distanciamento, até porque
durante a campanha poderia ter acontecido e não aconteceu. Se nós
tivéssemos aquele ânimo de trazer a campanha presidencial para a nossa
talvez tivéssemos divergido e não tivéssemos juntos hoje”, disse.
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