Os nomes são parecidos e alguns sintomas também,
mas a rinite e a sinusite são problemas diferentes e exigem o diagnóstico
preciso de um especialista, para a escolha do tratamento adequado e fim do
incômodo. O otorrinolaringologista Pedro Guilherme Cavalcanti esclarece algumas
das características dos dois tipos de infecções respiratórias e as principais
dúvidas dos pacientes nos consultórios.
“Na maioria das vezes, o paciente já chega com a
resposta. ‘Doutor, eu tenho rinite’. Mas explico que é necessária uma avaliação
e realização de exames para o diagnóstico”, destaca.
Segundo o médico, a primeira diferença está nas
causas e por isso a necessidade de cuidados diferenciados. A sinusite é,
geralmente, ocasionada por infecções de bactérias, tendo o tratamento
medicamento feito principalmente com antibióticos. Já a rinite é, geralmente, causada por
infecções virais e, quando crônica, por processos alérgicos, com o tratamento
mais baseado em descongestionantes nasais, lavagens do nariz, antiinflamatórios
e antialérgicos.
A segunda diferença está na localização das
inflamações e terceira nos sintomas trazidos por elas. A Rinite – Rino (nariz)
+ ite (inflamação), ocorre em toda a estrutura da cavidade do nariz e regiões
dos cartuchos e septos nasais. Nestes casos, o paciente tem espirros
constantes, além de obstrução, secreção e coceira nasal.
A Sinusite – Sinus (seio da face) + ite
(inflamação), ocorre nas estruturas ocas do crânio, em especial na maxilar
(região das bochechas), seio etmoidal (região entre os olhos), seio frontal
(região da testa) e esfenóide (região no meio da cabeça e atrás do nariz). E os
pacientes sentem freqüentes dores de cabeça e na face, tem secreção nasal
esverdeada ou amarelada, odor nasal e dificuldade em diferenciar cheiros.
Pedro Guilherme Cavalcanti ressalta ainda que as
duas doenças podem ocorrer simultaneamente ou haver casos de uma evoluir para a
outra. “Todos os seios da face possuem abertura para o nariz. Uma inflamação,
como a rinite, pode fechar essas aberturas, acumular secreção e iniciar um
quadro de sinusite. O ideal é sempre procurar o médico, ao sentir os incômodos,
para o acompanhamento de cada caso”, pontua.
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