quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Presidente do PSDB diz que dúvidas sobre Bolsa Família são ‘terrorismo’

Documento do governo lança dúvidas sobre benefícios a partir de 2011.
‘É o terror da campanha deles, o resto é marola’, disse senador.

Do G1, em Brasília


O presidente do PSDB, senador Sergio Guerra (PE) (Foto: José Cruz/ABr )

O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), classificou como “terrorismo” as informações divulgadas pelo Ministério do Desenvolvimento Social em documento datado de dezembro de que a concessão do benefício, atualmente renovada a cada três anos, “estará sujeita a alterações” a partir de 2011.


A advertência do ministério está em documento endereçado aos prefeitos sobre as regras para a renovação dos benefícios, de acordo com reportagem publicada nesta quarta-feira (3) pelo jornal “O Globo”. O ministério negou o uso político da informação, mas informou que o texto dá margem a diversas interpretações.

Guerra disse que o PSDB não pretende acabar com o programa caso um candidato do partido seja eleito à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Isso eles [o PT] dizem todos os dias nos palanques e é uma mentira!! Nós não temos nada contra o Bolsa Família, fomos nós que inventamos isso, nós achamos que o presidente Lula foi até muito bem nesse assunto. Nós sempre dissemos isso. É mentira, é terrorismo, é seguramente a ação dessa gente”, afirmou.

Segundo o senador, o Bolsa Família foi formado a partir da fusão de cinco programas criados durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso –Bolsa Alimentação, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), Bolsa Escola, Auxílio-Gás e o Brasil Jovem.


“Essa mensagem tem o objetivo de gerar intranquilidade, reproduzir a ameaça de que iremos no futuro acabar com a Bolsa Família. É a única força eleitoral desse governo”, disse o presidente do PSDB. “O único programa do governo que lhe dá votos de verdade é o Bolsa Família. É nesse Bolsa Família que a ministra [Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência] quer sentar, e essas ameaças que estão levantando de que o programa corre o risco de não continuar é o terror da campanha deles, o resto é marola", disse.

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