Se antes o cenário eleitoral potiguar apontava para uma eleição polarizada, o pleito ganhou uma nova chapa que chega com contornos de uma terceira via. Depois do anúncio do vice-governador Iberê Ferreira (PSB), que disputará como o candidato da situação, da senadora Rosalba Ciarlini (DEM), que se intitula como oposicionista, foi lançada a chapa do ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo (PDT) para o Governo e o deputado estadual Álvaro Dias (PDT) para vice. Uma majoritária que se auto-intitula independente, como diz o próprio Álvaro Dias. O deputado pedetista aposta na estratégia de campanha arregimentando os integrantes dos movimentos sociais e levando o projeto de governo para ser discutido nas bases. Para o deputado, essa será a forma de mostrar “ao povo o diferente”. Álvaro Dias avaliou que teria uma “reeleição tranquila”, mas preferiu apostar no projeto da chapa majoritária. Seria trocar o certo pelo incerto? “Na minha avaliação eu troquei o certo pelo certo. Desisti de disputar uma reeleição garantia para deputado estadual para lutar, para consolidar idéias nas quais acredito e que Carlos Eduardo defende, já que ele faz parte do meu partido, deu demonstração na Prefeitura de Natal de que implantará um projeto diferente no Governo”, respondeu o deputado. Para o Senado, ele defendeu que a candidatura do publicitário Sávio Hackradt, que deverá compor a chapa majoritária, e o segundo voto de senador ficaria “livre”. No caso específico de Álvaro Dias ele já anunciou o apoio a reeleição de Garibaldi Filho (PMDB). Sobre o pleito 2010, o PDT e a candidatura a vice-governador Álvaro Dias concedeu a seguinte entrevista a TRIBUNA DO NORTE.
O que lhe levou a optar por uma candidatura a vice-governador na chapa do ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo?
Eu fui convidado por Carlos Eduardo e aceitei porque, mesmo renunciando a uma reeleição garantida, bem encaminhada, consolidada, acho que vale a pena disputar a eleição . Tenho certeza que Carlos Eduardo eleito governador implantará um projeto novo, moderno, diferente para o Rio Grande do Norte.
O senhor diria que trocou o certo (a candidatura a deputado) pelo incerto (já que a eleição na majoritária se mostra muito acirrada)?
Não. Na minha avaliação eu troquei o certo pelo certo. Desisti de disputar uma reeleição garantida para deputado estadual para lutar, para consolidar idéias nas quais acredito e que Carlos Eduardo defende, já que ele faz parte do meu partido. Ele deu demonstração na Prefeitura de Natal de que implantará um projeto diferente no Governo. O Rio Grande do Norte com Carlos Eduardo sairá da mesmice. Rosalba (senadora Rosalba Ciarlini) e Iberê (vice-governador Iberê Ferreira) representam a mesma coisa. Carlos Eduardo não. Ele tem um projeto diferente e implantará algo moderno, eficiente, competente. Ele governou Natal cercado por auxiliares competentes, progressista, figuras ligadas ao PC do B, ao PT e deverá repetir a mesma administração inovadora que fez em Natal.
O senhor decidiu ser candidato a vice só agora no mês de fevereiro. Mas alguns prefeitos ligados ao seu grupo já haviam fechado a majoritária com outro candidato. O tempo não será um fator complicador para o senhor arregimentar o seu grupo nesse novo projeto?
Não. O tempo vai nos ajudar porque o tempo fará com que essas pessoas realizem uma reflexão, analisem as nossas propostas, analisem o programa de governo que estamos elaborando, que vamos levar para discussão nos meios sociais, nos movimentos sociais, vamos discutir com entidades representativas da sociedade civil organizada. Com certeza essas pessoas se estavam já posicionadas ou encaminhadas em direção a mesmice deverão repensar seu projeto porque ocorreu um fato novo na política do Rio Grande do Norte: o deputado Álvaro Dias resolveu se engajar no projeto que Carlos Eduardo defende mudando a fisionomia e a face no Rio Grande do Norte.
O senhor tem uma atuação muito centrada no Seridó. O ex-prefeito Carlos Eduardo tem uma atuação mais na Grande Natal. Como os senhores farão para levar essa candidatura às demais regiões do Estado?
Nós vamos procurar reunir o maior número de pessoas, maior número de entidades representativas da sociedade civil para desencadear a discussão do programa de governo que será defendido e implementado por essa coligação de partidos que farão parte do nosso bloco de apoio à candidatura majoritária. Queremos então expandir as nossas propostas, discutir, aprofundar, dissecar para que nosso projeto esteja também em sintonia com os anseios e aspirações populares.
Uma chapa “puro sangue” não é um fator complicador? O PDT fechou a chapa majoritária apenas com o PDT, restam poucos espaços para negociar com futuros aliados.
Não vejo a chapa majoritária como sendo a chapa puro sangue. Vejo a majoritária bem diversificada e procurando ampliar essa diversificação. Temos o PC do B que está se integrando, que deverá indicar o candidato a senador. Existem outras vagas na chapa majoritária que poderão fazer parte da composição, como toda chapa proporcional que ainda se encontra em discussão. O programa de governo será bem amplo e participativo. Acho também que minha atuação política por se situar em uma região totalmente diferente da de Carlos Eduardo ao invés de diminuir vai somar, agregar valores, votos que, se a gente não fizesse parte da majoritária, seria mais difícil agregar votos e os valores éticos e morais que fazem parte da tradição política e histórica da região do Seridó.
Essa nova chapa majoritária garante o segundo turno para o pleito potiguar que estava polarizado entre Iberê Ferreira e Rosalba Ciarlini ?
Com certeza. Acho que a realização do segundo turno agora é fato inquestionável. Sabemos que com a nossa entrada na chapa (de Carlos Eduardo) deixam também, a partir de agora, de existir dúvidas sobre a consolidação e disposição de Carlos Eduardo de disputar as eleições. A entrada da nossa chapa não resta dúvida sobre a existência do segundo turno.
O cenário político hoje mostra a candidatura do vice-governador, que estará no Executivo na eleição, e de uma senadora que tem como vice o presidente da Assembléia Legislativa. Agora está confirmada a do ex-prefeito de Natal tendo como vice um deputado estadual. Nesse palco, a disputa estaria injusta para a chapa Carlos Eduardo e Álvaro Dias?
A princípio, analisando dessa forma que você coloca, aparentemente vamos disputar uma eleição em desigualdade de condições. Mas acredito que pela administração que Carlos Eduardo realizou, pelo programa de governo que ele implementou a frente da Prefeitura de Natal, pelas obras inovadoras que ele deixou e estão aí para serem mostradas e analisadas pela opinião pública, a grande decisão quem vai tomar é o povo, o eleitor que quer um projeto novo, diferente, moderno, competente e progressista. E esse só quem tem é Carlos Eduardo que será o diferencial dessa eleição.
A chapa Carlos Eduardo e Álvaro Dias é de oposição ao Governo do Estado?
Essa chapa é independente, desvinculada totalmente dos grandes grupos políticos. Essa foi uma chapa que se formou ouvindo as bases, ouvindo o povo, procurando trazer uma opção nova, diferente das que aí estão. A chapa vai procurar, com toda certeza, caso vença as eleições e eu acredito nisso, tenho convicção que vai acontecer. O Rio Grande do Norte verá, pela primeira vez em muitos anos, um projeto novo.
A chapa que o senhor integra parece que será composta apenas pelos pequenos partidos, já que as grandes legendas estão em outros palanques.
É que os grandes partidos se habituaram a decidir e tomar as decisões sem ouvir os pequenos. Dessa vez os pequenos estão procurando se agrupar, se reunir em torno de um projeto novo, diferente, desvinculado de tudo que aí está. Isso é o que nós queremos e acreditamos. Foi por isso que renunciei a uma reeleição garantida de deputado estadual.
E o Partido dos Trabalhadores? O senhor ainda espera uma aliança com os petistas?
Tenho, inclusive, um bom relacionamento com o PT, com a deputada Fátima Bezerra. Apoiei (Fátima Bezerra) em diversas oportunidades quando ela foi candidata a prefeita de Natal. Esperava que o PT estivesse alinhado conosco, compartilhando desse projeto, desse sentimento, dessas idéias de implantar algo novo no Rio Grande do Norte. Infelizmente o PT está aí fazendo uma opção por se coligar com o PSB. Mas eu espero que isso ainda seja revisto pelos integrantes, militantes e filiados do Partido dos Trabalhadores até porque o PSB tem um candidato a presidente, que é o deputado federal Ciro Gomes. Portanto isso irá dificultar muito a consolidação da aliança. Nós do PDT sempre tivemos um passado e história militando ao lado do PT. Para nós, inclusive, já há decisão nacional de apoiar Dilma Roussef. Acho que a possibilidade da coligação com o PT ainda não está descartada.
Como estará a chapa para o Senado a ser apoiada pelo PDT?
Ela está em discussão. Atualmente, temos definido e eu defenderei que nós tenhamos apenas o nome do jornalista Sávio Hackradt como candidato a senador deixando a outra vaga em aberto para que as pessoas possam escolher livremente de acordo com a consciência de cada um. Eu pessoalmente votarei e apoiarei o senador Garibaldi Filho. Ele será minha escolha para o segundo voto. Mas as pessoas terão liberdade dentro da nossa coligação para fazer sua opção de acordo com a realidade de cada um.
Deixar o segundo voto para o Senado “livre” não pode complicar a própria identidade da chapa majoritária, já que o senhor anuncia agora o voto ao Senado para um candidato da chapa de oposição, no caso o senador Garibaldi Filho?
Não acredito. O foco central da nossa coligação será a chapa majoritária, o programa de governo que estamos elaborando, as propostas que serão defendidas por todos nós e que inesequivelmente serão postas em prática por Carlos Eduardo quando assumir o Governo do Estado.
O que lhe levou a optar por uma candidatura a vice-governador na chapa do ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo?
Eu fui convidado por Carlos Eduardo e aceitei porque, mesmo renunciando a uma reeleição garantida, bem encaminhada, consolidada, acho que vale a pena disputar a eleição . Tenho certeza que Carlos Eduardo eleito governador implantará um projeto novo, moderno, diferente para o Rio Grande do Norte.
O senhor diria que trocou o certo (a candidatura a deputado) pelo incerto (já que a eleição na majoritária se mostra muito acirrada)?
Não. Na minha avaliação eu troquei o certo pelo certo. Desisti de disputar uma reeleição garantida para deputado estadual para lutar, para consolidar idéias nas quais acredito e que Carlos Eduardo defende, já que ele faz parte do meu partido. Ele deu demonstração na Prefeitura de Natal de que implantará um projeto diferente no Governo. O Rio Grande do Norte com Carlos Eduardo sairá da mesmice. Rosalba (senadora Rosalba Ciarlini) e Iberê (vice-governador Iberê Ferreira) representam a mesma coisa. Carlos Eduardo não. Ele tem um projeto diferente e implantará algo moderno, eficiente, competente. Ele governou Natal cercado por auxiliares competentes, progressista, figuras ligadas ao PC do B, ao PT e deverá repetir a mesma administração inovadora que fez em Natal.
O senhor decidiu ser candidato a vice só agora no mês de fevereiro. Mas alguns prefeitos ligados ao seu grupo já haviam fechado a majoritária com outro candidato. O tempo não será um fator complicador para o senhor arregimentar o seu grupo nesse novo projeto?
Não. O tempo vai nos ajudar porque o tempo fará com que essas pessoas realizem uma reflexão, analisem as nossas propostas, analisem o programa de governo que estamos elaborando, que vamos levar para discussão nos meios sociais, nos movimentos sociais, vamos discutir com entidades representativas da sociedade civil organizada. Com certeza essas pessoas se estavam já posicionadas ou encaminhadas em direção a mesmice deverão repensar seu projeto porque ocorreu um fato novo na política do Rio Grande do Norte: o deputado Álvaro Dias resolveu se engajar no projeto que Carlos Eduardo defende mudando a fisionomia e a face no Rio Grande do Norte.
O senhor tem uma atuação muito centrada no Seridó. O ex-prefeito Carlos Eduardo tem uma atuação mais na Grande Natal. Como os senhores farão para levar essa candidatura às demais regiões do Estado?
Nós vamos procurar reunir o maior número de pessoas, maior número de entidades representativas da sociedade civil para desencadear a discussão do programa de governo que será defendido e implementado por essa coligação de partidos que farão parte do nosso bloco de apoio à candidatura majoritária. Queremos então expandir as nossas propostas, discutir, aprofundar, dissecar para que nosso projeto esteja também em sintonia com os anseios e aspirações populares.
Uma chapa “puro sangue” não é um fator complicador? O PDT fechou a chapa majoritária apenas com o PDT, restam poucos espaços para negociar com futuros aliados.
Não vejo a chapa majoritária como sendo a chapa puro sangue. Vejo a majoritária bem diversificada e procurando ampliar essa diversificação. Temos o PC do B que está se integrando, que deverá indicar o candidato a senador. Existem outras vagas na chapa majoritária que poderão fazer parte da composição, como toda chapa proporcional que ainda se encontra em discussão. O programa de governo será bem amplo e participativo. Acho também que minha atuação política por se situar em uma região totalmente diferente da de Carlos Eduardo ao invés de diminuir vai somar, agregar valores, votos que, se a gente não fizesse parte da majoritária, seria mais difícil agregar votos e os valores éticos e morais que fazem parte da tradição política e histórica da região do Seridó.
Essa nova chapa majoritária garante o segundo turno para o pleito potiguar que estava polarizado entre Iberê Ferreira e Rosalba Ciarlini ?
Com certeza. Acho que a realização do segundo turno agora é fato inquestionável. Sabemos que com a nossa entrada na chapa (de Carlos Eduardo) deixam também, a partir de agora, de existir dúvidas sobre a consolidação e disposição de Carlos Eduardo de disputar as eleições. A entrada da nossa chapa não resta dúvida sobre a existência do segundo turno.
O cenário político hoje mostra a candidatura do vice-governador, que estará no Executivo na eleição, e de uma senadora que tem como vice o presidente da Assembléia Legislativa. Agora está confirmada a do ex-prefeito de Natal tendo como vice um deputado estadual. Nesse palco, a disputa estaria injusta para a chapa Carlos Eduardo e Álvaro Dias?
A princípio, analisando dessa forma que você coloca, aparentemente vamos disputar uma eleição em desigualdade de condições. Mas acredito que pela administração que Carlos Eduardo realizou, pelo programa de governo que ele implementou a frente da Prefeitura de Natal, pelas obras inovadoras que ele deixou e estão aí para serem mostradas e analisadas pela opinião pública, a grande decisão quem vai tomar é o povo, o eleitor que quer um projeto novo, diferente, moderno, competente e progressista. E esse só quem tem é Carlos Eduardo que será o diferencial dessa eleição.
A chapa Carlos Eduardo e Álvaro Dias é de oposição ao Governo do Estado?
Essa chapa é independente, desvinculada totalmente dos grandes grupos políticos. Essa foi uma chapa que se formou ouvindo as bases, ouvindo o povo, procurando trazer uma opção nova, diferente das que aí estão. A chapa vai procurar, com toda certeza, caso vença as eleições e eu acredito nisso, tenho convicção que vai acontecer. O Rio Grande do Norte verá, pela primeira vez em muitos anos, um projeto novo.
A chapa que o senhor integra parece que será composta apenas pelos pequenos partidos, já que as grandes legendas estão em outros palanques.
É que os grandes partidos se habituaram a decidir e tomar as decisões sem ouvir os pequenos. Dessa vez os pequenos estão procurando se agrupar, se reunir em torno de um projeto novo, diferente, desvinculado de tudo que aí está. Isso é o que nós queremos e acreditamos. Foi por isso que renunciei a uma reeleição garantida de deputado estadual.
E o Partido dos Trabalhadores? O senhor ainda espera uma aliança com os petistas?
Tenho, inclusive, um bom relacionamento com o PT, com a deputada Fátima Bezerra. Apoiei (Fátima Bezerra) em diversas oportunidades quando ela foi candidata a prefeita de Natal. Esperava que o PT estivesse alinhado conosco, compartilhando desse projeto, desse sentimento, dessas idéias de implantar algo novo no Rio Grande do Norte. Infelizmente o PT está aí fazendo uma opção por se coligar com o PSB. Mas eu espero que isso ainda seja revisto pelos integrantes, militantes e filiados do Partido dos Trabalhadores até porque o PSB tem um candidato a presidente, que é o deputado federal Ciro Gomes. Portanto isso irá dificultar muito a consolidação da aliança. Nós do PDT sempre tivemos um passado e história militando ao lado do PT. Para nós, inclusive, já há decisão nacional de apoiar Dilma Roussef. Acho que a possibilidade da coligação com o PT ainda não está descartada.
Como estará a chapa para o Senado a ser apoiada pelo PDT?
Ela está em discussão. Atualmente, temos definido e eu defenderei que nós tenhamos apenas o nome do jornalista Sávio Hackradt como candidato a senador deixando a outra vaga em aberto para que as pessoas possam escolher livremente de acordo com a consciência de cada um. Eu pessoalmente votarei e apoiarei o senador Garibaldi Filho. Ele será minha escolha para o segundo voto. Mas as pessoas terão liberdade dentro da nossa coligação para fazer sua opção de acordo com a realidade de cada um.
Deixar o segundo voto para o Senado “livre” não pode complicar a própria identidade da chapa majoritária, já que o senhor anuncia agora o voto ao Senado para um candidato da chapa de oposição, no caso o senador Garibaldi Filho?
Não acredito. O foco central da nossa coligação será a chapa majoritária, o programa de governo que estamos elaborando, as propostas que serão defendidas por todos nós e que inesequivelmente serão postas em prática por Carlos Eduardo quando assumir o Governo do Estado.
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