segunda-feira, 25 de novembro de 2013

25 de novembro: Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher!




A violência contra as mulheres atinge cotidianamente a classe trabalhadora como um todo! É um problema que divide homens e mulheres da mesma classe, que deveriam ter relações de solidariedade e companheirismo contra o mesmo inimigo, o capital. A violência contra as mulheres reforça o papel da mulher enquanto oprimida, atingindo sua auto-estima, sua dignidade e até mesmo sua vida (o número de assassinatos de mulheres por seus próprios parceiros tem aumentado). Dessa forma atinge sua capacidade de participação e de empoderamento enquanto sujeita da transformação revolucionária. 
Os dados nacionais nos mostram como esse é um problema real: quatro mulheres são espancadas por minuto no Brasil. Dentre as formas de violência mais comuns no país, destacam-se a agressão física mais branda, sob a forma de tapas e empurrões, sofrida por 20% das mulheres; a violência psíquica de xingamentos, com ofensa à conduta moral da mulher, vivida por 18%, e a ameaça através de coisas quebradas, roupas rasgadas, objetos atirados e outras formas indiretas de agressão, vivida por 15%. Dos casos de assassinatos, 70% são cometidos por ex-maridos, ex-amantes ou ex-namorados. E estima-se que somente 10% das mulheres brasileiras vítimas de violência fazem a denúncia.
A violência responde por aproximadamente 7% das mortes de mulheres entre 15 e 44 anos no mundo todo. Em alguns países, até 69% das mulheres relatam terem sido agredidas fisicamente e até 47% declaram que sua primeira relação sexual foi forçada.
Nas pesquisas americanas aparecem taxas de homicídios, revelando que as mulheres negras são 12,3% para cada 100 mil assassinatos, enquanto que a taxa para mulheres brancas é de 2,9% para 100 mil. Mulheres negras, entre 16 e 24 anos, têm três vezes mais probabilidade de serem estupradas que as mulheres brancas.
E os números assustadores não param: a pesquisa publicada em 2001 pela fundação Perseu Abramo, intitulada “A Mulher Brasileira nos Espaços Públicos e Privado”, estima que 2,1 milhões de mulheres são espancadas por ano no país, 175 mil por mês, 5,8 mil por dia, 243 por hora, 4 por minuto, uma a cada 15 segundos, e que 6,8 milhões de mulheres brasileiras já foram espancadas ao menos uma vez.
É tarefa daqueles/as que constroem o Projeto Popular para o Brasil combater a violência contra as mulheres!
Motivados/as por essas razões, decidimos ir para as ruas, com nosso método de agitação e propaganda, demarcando o Dia Internacional da não Violência contra as Mulheres.
No dia 26 de novembro as mulheres do Levante Popular da Juventude de todo o Brasil foram as ruas, vestidas de preto, em luto e protesto, e realizaram diversas intervenções de denúncia, juntamente com outros movimentos feministas.

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