A
equipe de especialistas envolvida na realização da Campanha Nacional da Voz no
RN já está em Mossoró, onde fará uma tarde de orientações e exames gratuitos
com os professores da rede estadual de ensino da cidade. Os atendimentos ocorrerão
no auditório do Hotel Villa Oeste.
Amanhã
(18) será a vez do município de Apodi receber as ações de prevenção à saúde vocal
da campanha, promovida pela Secretaria Estadual da Educação e da Cultura (SEEC)
e Escola de Governo, com o apoio da Academia Brasileira de Laringologia e Voz
(ABLV) e da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia (ABORL- CCF). A programação
segue até sexta-feira (20), visitando ainda as cidades de Pau dos Ferros e
Caicó.
Durante
a abertura oficial do evento, realizado nessa segunda-feira (16), no auditório
da SEEC, em Natal, a secretária estadual de educação, a professora Betania
Ramalho, destacou a importância da implantação de um programa permanente para a
manutenção da saúde vocal dos educadores do RN.
“Os
cuidados com a voz tem que estar na agenda escolar do professor, pois ela é o
seu principal instrumento de trabalho. Na maioria das vezes, por falta de informação,
os profissionais só procuram um especialista, quando já estão com algum problema.
E são ações simples, como essas, que trazem resultados grandiosos, porque
trabalham com a prevenção”, ressaltou a secretária.
O coordenador
estadual da campanha, o otorrinolaringologista Pedro Cavalcanti, destacou a
satisfação em participar de ações voltadas para a saúde e qualidade de vida dos
profissionais da rede de ensino pública. “Estudei toda a minha vida em escolas
públicas e dedico a minha gratidão a esses profissionais. E o que eu puder
realizar, em termos de ideias e ações, faço por obrigação”, colocou o médico.
O primeiro
dia de campanha seguiu com uma exposição dialogada, ministrada pela fonoaudióloga
Gabriela Sóstenes, sobre o uso profissional da voz. A especialista explicou aos
professores todo o funcionamento do aparelho fonador, para finalizar com dicas
sobre respiração e uso de alternativas para poupar a voz em sala de aula.
“O uso de microfones e de ferramentas
pedagógicas, como um data show, pode ajudar o professor a não forçar tanto a
voz. Outra questão é não tentar competir com o barulho ambiente. O professor
pode se aproximar mais do aluno para falar e também fazer grupos para que os alunos fiquem
mais próximos”, sugeriu.
A
tarde foi marcada por uma palestra com o otorrinolaringologista Pedro Guilherme
Cavalcanti sobre as causas e os tratamento dos principais distúrbios vocais. A
mobilização em Natal foi finalizada com a realização de exames de
espectrografia vocal e de encaminhamentos para exames mais específicos e
acompanhamento em unidades de referência da rede pública de saúde, no caso do
diagnóstico de problemas nos professores atendidos.
Giselda
Torres de Souza é professora há mais de 22 anos e, no momento, está afastada de
sala de aula, justamente por problemas vocais. Ela conta que a campanha foi um
verdadeiro puxão de orelha para quem não estava tomando os cuidados necessários
com a saúde.
“Cada
vez que o médico falava, dava uma dor na consciência. Já tive fendas vocais faço
e fonoterapia, mas confesso que relaxo no dia a dia. Sei que isso acontece com
muitos professores. Sentimos o incômodo, mas na correria vamos deixando para
depois e o problema evolui para algo mais sério”, afirmou.
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