sexta-feira, 10 de julho de 2009

Mineradora expõe relatório de impacto ambiental da nova etapa da extração de ferro em Jucurutu



A população de Jucurutu participou de uma audiência pública nesta quarta-feira (8), no Clube da ACEJ, para conhecer e discutir o relatório de impacto ambiental do projeto de ampliação das atividades na mina de ferro do Bonito. A área é explorada pela MHAG Mineração. Além da participação popular, a audiência teve representatividade política, com a presença de vários prefeitos e vereadores seridoenses, e administrativa, através de autoridades como o diretor-geral do Idema, Marco Aurélio Almeida, e o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Segundo de Paula.
A ampliação da produção de minério da Mina do Bonito vai representar um investimento de R$ 100 milhões e garantir a abertura de 700 empregos diretos na região Seridó. De acordo com o diretor-presidente da MHAG, Pio Sacchi, a prioridade para contratação será de mão-de-obra local. “Para viabilizar essa absorção de profissionais da região, vamos firmar parcerias com instituições como Senai, Sebrae e com as prefeituras para qualificar as pessoas que trabalharão conosco”, acrescenta ele. Até o ano passado, a MHAG vinha produzindo cerca de 30 mil toneladas de ferro por mês. Com a expansão de suas atividades em Jucurutu, essa produção será quadruplicada.
O início dessa nova etapa das atividades da mineradora em Jucurutu, projetada pela empresa para outubro, motivaram o Idema a promover a audiência pública, seguindo um regulamento já preestabelecido pelo órgão para empreendimentos que tenham o potencial de afetar o meio-ambiente. O diretor-geral do Instituto, Marco Aurélio Almeida, não quis apontar um prazo para sair a concessão da licença ambiental do projeto apresentado pela MHAG, mas elogiou a forma “responsável” com que a empresa fizera o seu Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o seu Relatório de Impacto Ambiental (RIMA).
A engenheira-geóloga Ana Paula Caixeta, coordenadora desse trabalho de elaboração do EIA/RIMA da MHAG, trabalhou durante 10 meses na formulação desses documentos. A mineradora levou todos os seus técnicos para a audiência pública. Eles expuseram detalhes do EIA/RIMA, discorrendo sobre todos os aspectos técnicos, legais e sobre a produção industrial gerada a partir do aumento na exploração na mina de Bonito.
Dentre os principais efeitos negativos proporcionados pela exploração da mina, estão alguns inevitáveis. Casos da emissão de poeira, dos ruídos das máquinas e de pequenos acidentes com a fauna. Efeitos, no entanto, que podem ser minimizados, segundo os técnicos da empresa, com a regulagem e manutenção constantes dos equipamentos, no caso da poeira e dos ruídos, e com a redução da poluição sonora e a organização de logística de transporte, no caso do impacto na fauna.
Por outro lado, não há o risco de contaminação das bacias hidrográficas da região. O diretor-presidente Pio Sacchi (na foto) explicou que a estrutura da mina será dotada de um reservatório para receber os dejetos gerados pelo processo de beneficiamento do ferro (areia e argila, predominantemente), bem como de uma estação de tratamento de esgoto. Também não haverá poluição atmosférica, disse ele, em função do processo de aspersão da água utilizada na extração do minério.
No caso dos efeitos positivos do empreendimento, destaca-se a alteração na economia local. O que leva, em consequência, à melhoria na qualificação da mão-de-obra da região e no aumento da capacidade de aquisição de bens de consumo, ampliando, por exemplo, a atividade comercial dos municípios que ficam no entorno da mina. Haverá ainda benefícios extras proporcionados pela atuação da MHAG. Pio Sacchi revelou durante a audiência pública que a empresa vai investir na construção de uma rede elétrica própria, entre Assu e Jucurutu, e que essa rede pode beneficiar também as comunidades rurais que estejam na sua área de extensão.
O diretor da mineradora destacou que todo o projeto foi concebido de modo a render os melhores resultados não só para a empresa, mas para a população, a economia e o meio-ambiente da região. E tudo em obediência à legislação estabelecida para o setor de mineração. “Não entramos num projeto como esse a esmo. Há normas e regras a serem seguidas e nós nos nortearemos por esses princípios”, pontuou Sacchi.
O prefeito de Jucurutu, Júnior Queiroz, expressou o sentimento da população do município e também falou pelos prefeitos da região durante a audiência pública. “Em nome do povo de Jucurutu, quero agradecer à MHAG por empreender este grande investimento que vai trazer muitos bons resultados não apenas para o nosso município, como para todo o Rio Grande do Norte, por gerar riqueza e emprego”, apontou ele, acrescentando que, como gestor da cidade, acompanha as atividades da empresa desde que ela se instalou, em 2004. “Posso dar o testemunho de que, desde que chegaram, vocês têm tido o cuidado com o nosso meio-ambiente e em cumprir a legislação relacionada a ele”.
Além de Júnior Queiroz, participaram da audiência pública os prefeitos Bibi Costa (Caicó), José Sally (Cruzeta), Genilson Maia (São Fernando), Ivan Júnior (Assu) e Sinval Salomão (Florânia), além de vereadores e outras lideranças políticas e comunitárias dos municípios da região.
Fonte: Graphos - Assessoria de Comunicação

E Blog do Robson Pires

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