Genebra (AE) - A Organização Mundial da Saúde (OMS) registra quase 90 mil casos da gripe suína em todo o mundo e 382 mortes. Mas já alerta: sua base de dados é apenas a ponta do iceberg da disseminação do vírus. “O número real é bem superior”, afirmou a porta-voz da OMS, Fadela Chaib. Ela destaca que, nos Estados Unidos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças já fala em 1 milhão de casos naquele país. A base de dados é atualizada conforme cada governo envia para a OMS os casos de gripe confirmados nos países. O problema é que, em alguns países, os sistemas de saúde já desistiram de avaliar cada um dos casos, principalmente se são apenas de intensidade leve, como é a maioria. Oficialmente, 125 países já registraram 89,9 mil casos. Mas a OMS teme que vários países africanos sequer tenham meios hoje para saber se a gripe suína chegou.O Centro de Controle de Doenças, nos Estados Unidos, anunciou que existem projeções feitas pela própria entidade indicando que o vírus da gripe suína continua a se espalhar, mesmo que a temporada da gripe tenha terminado no hemisfério norte. “Por enquanto, não há sinais de que a transmissão esteja perdendo força”, disse. No México, o número voltou a subir. Já são mais de 10,2 mil casos no país.No Reino Unido, 909 novos casos foram detectados em dois dias, elevando o número oficial para 7,4 mil. Mas o maior salto foi mesmo nos Estados Unidos. Pelos dados oficiais entregues à OMS, os Estados Unidos contariam hoje com 33,9 mil casos. Em apenas dois dias, a elevação foi de 6,1 mil casos e 43 novas mortes. Os modelos que são usados para avaliar o número de pessoas infectadas diz que 1 milhão de americanos já teriam sido contaminados, alguns sem nem saber. Saúde restringe exames para diagnóstico da gripe Brasília e São Paulo (AE) - Somente pacientes graves ou que possam evoluir com gravidade deverão buscar ajuda nos 68 hospitais de referência para a doença e fazer os testes de diagnóstico para a gripe suína, segundo decisão do Ministério da Saúde, em mais uma mudança nos protocolos sobre o novo vírus A(H1N1). Também serão testadas amostras em casos de surtos localizados. Aqueles com suspeita da doença, mas apenas sintomas leves, deverão buscar o serviço de saúde mais próximo, como posto de saúde ou pronto-socorro, e não serão testados, explicou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. A ideia é reservar recursos aos que mais precisam. Nos casos leves, como toda a gripe comum, não é preciso tratamento complexo, só aliviar sintomas.Para ser considerado caso grave, o paciente precisa apresentar, por exemplo, comprometimento pulmonar. A pasta havia anunciado, em 26 de junho, que o tratamento com oseltamivir seria limitado a casos graves e pessoas com suspeita da doença da mesma instituição de um paciente com infecção confirmada laboratorialmente automaticamente seriam consideradas casos confirmados. Segundo o ministro, nos casos brandos, o médico responsável pelo atendimento e triagem dará todas as instruções para o tratamento domiciliar, incluindo o isolamento do infectado. O ministro garantiu que a estratégia adotada no País vem dando certo. “Os fatos demonstram que a estratégia de enfrentamento da doença no Brasil é um estrondoso sucesso”, disse.Números do próprio ministério mostram que três semanas atrás, 6% das vítimas da doença haviam sido infectadas no País. Na última semana, subiu para 30% a taxa de pessoas que contraíram o vírus dentro do País. Apesar do aumento, não há evidência de transmissão continuada (surto ou epidemia). Sexta-feira, foram confirmados 19 casos novos de gripe suína no País, totalizando 756 ocorrências, com uma morte.
Fonte: Tribuna do Norte
Fonte: Tribuna do Norte
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