A dois dias das eleições,
e num cenário em que a candidata Dilma Rousseff (PT) se empenha em
garantir sua vitória já no primeiro turno, a TV Globo promove hoje, às
22h30, o último - e mais importante - debate presidencial na TV. A
mediação será feita pelo apresentador William Bonner. Lá estarão, além
de Dilma, seus rivais José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plínio de
Arruda Sampaio (PSOL).
Para Serra e Marina, é a última e
decisiva chance de crescer junto ao eleitorado, plantar armadilhas para
que Dilma cometa erros e tentar, assim, levar a disputa para o segundo
turno. Tudo indica, pelo que se viu nas últimas semanas, que terão pela
frente uma rival mais preparada que nos primeiros debates. É de
esperar, também, que Marina bata mais forte nos dois e que Serra não
repita as críticas e cobranças fortes que, nos debates anteriores, só o
prejudicaram.
Mesmo à frente nas pesquisas, a candidata
petista achou, assim como sua equipe, que era mais prudente comparecer,
não repetindo o que fez há quatro anos atrás o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, no debate equivalente - o último do primeiro turno.
Favorito para a reeleição, Lula tomou, na época, a decisão de não
aparecer.
Foi cobrado e criticado por cerca de duas horas
pelos rivais, entre os quais Geraldo Alckmin (PSDB), Anthony Garotinho
(PDT) e Heloísa Helena (Psol). A razão maior das críticas era o
escândalo dos aloprados, divulgado nas semanas finais da campanha. Por
pequena diferença, Lula não conseguiu maioria absoluta e a decisão
ficou para o segundo turno.
Cinco blocos
O
debate terá cinco blocos. O primeiro e o terceiro terão temas
determinados; o segundo e o quarto, temas livres. O último será
dedicado às considerações finais. As perguntas serão feitas sempre de
candidato para candidato. Cada uma terá 30 segundos. A resposta, dois
minutos. A réplica terá um minuto, mesmo tempo da tréplica. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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