Uma amiga da brasileira Iara Lee enviou nesta segunda-feira uma carta ao Itamaraty em que solicita o apoio do governo brasileiro na busca por informações sobre a cineasta, que havia decido participar da frota de ajuda humanitária a Gaza atacada pelo exército israelense.
Lee teria relatado por telefone a colegas no Brasil, na noite de domingo, que as embarcações já estavam cercadas e que o clima era "de medo" entre as pessoas a bordo.
"Falamos com ela ontem (domingo) à noite. Ela contou que os navios estavam cercados pelo Exército de Israel e o tom dela era de medo e tensão", disse à BBC Brasil a professora da USP Arlene Clemesha.
Segundo Arlene, esse foi o último contato com Iara. A cineasta vinha utilizando o Facebook para fazer comentários sobre a viagem e, algumas vezes, usava um celular via satélite.
Motivos
Com a confirmação do ataque israelense, a professora da USP decidiu enviar uma carta ao Itamaraty, solicitando o apoio do governo brasileiro na busca por informações sobre a brasileira.
No último contato, Iara teria ainda dito a Arlene que as pessoas a bordo já estavam tentando planejar "alguma estratégia" para o caso de serem atacados.
"Ela falou que há idosos e crianças nas embarcações. E que uma ideia seria tentar empurrar os soldados israelenses para o mar", disse a professora da USP.
Em uma carta-depoimento escrita antes da viagem, a cineasta relatou os motivos que a levaram a participar da expedição humanitária.
"Nós que enfrentamos esta viagem estamos, é claro, preocupados com nossa segurança também".
"Todavia eu me envolvo porque creio que ações resolutamente não violentas, que chamam atenção ao bloqueio, são indispensáveis esclarecer o público sobre o que está de fato ocorrendo. Simplesmente não há justificativa para impedir que cargas de ajuda humanitária alcancem um povo em crise", acrescentou a cineasta, que teria aproxidamente 48 anos.
BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
Lee teria relatado por telefone a colegas no Brasil, na noite de domingo, que as embarcações já estavam cercadas e que o clima era "de medo" entre as pessoas a bordo.
"Falamos com ela ontem (domingo) à noite. Ela contou que os navios estavam cercados pelo Exército de Israel e o tom dela era de medo e tensão", disse à BBC Brasil a professora da USP Arlene Clemesha.
Segundo Arlene, esse foi o último contato com Iara. A cineasta vinha utilizando o Facebook para fazer comentários sobre a viagem e, algumas vezes, usava um celular via satélite.
Motivos
Com a confirmação do ataque israelense, a professora da USP decidiu enviar uma carta ao Itamaraty, solicitando o apoio do governo brasileiro na busca por informações sobre a brasileira.
No último contato, Iara teria ainda dito a Arlene que as pessoas a bordo já estavam tentando planejar "alguma estratégia" para o caso de serem atacados.
"Ela falou que há idosos e crianças nas embarcações. E que uma ideia seria tentar empurrar os soldados israelenses para o mar", disse a professora da USP.
Em uma carta-depoimento escrita antes da viagem, a cineasta relatou os motivos que a levaram a participar da expedição humanitária.
"Nós que enfrentamos esta viagem estamos, é claro, preocupados com nossa segurança também".
"Todavia eu me envolvo porque creio que ações resolutamente não violentas, que chamam atenção ao bloqueio, são indispensáveis esclarecer o público sobre o que está de fato ocorrendo. Simplesmente não há justificativa para impedir que cargas de ajuda humanitária alcancem um povo em crise", acrescentou a cineasta, que teria aproxidamente 48 anos.
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