Seul, 25 mai (EFE).- O presidente da Coreia do Norte, Kim Jong-il, pôs em alerta o Exército e os reservistas depois que Seul o acusou formalmente de ter disparado um torpedo que causou a explosão e o afundamento de um navio de guerra sul-coreano, causando a morte de 46 marinheiros, informou a agência "Yonhap", da Coreia do Sul.

Segundo a associação de refugiados norte-coreanos "Solidariedade Intelectual da Coreia do Norte", citada pela "Yonhap", Kim deu esta ordem na quinta-feira passada através do vice-presidente da Comissão Nacional de Defesa norte-coreana, Oh Guk-ryul.

Oh leu na quinta-feira um comunicado perante a imprensa norte-coreana destacando a ordem do líder a seus militares e reservistas "para estarem plenamente preparados para um combate".

A ordem aconteceu no mesmo dia em que uma equipe de especialistas internacionais garantiu em Seul que o navio sul-coreano "Cheonan", de 1,2 mil toneladas, foi afundado em 26 de março perto da fronteira entre as Coreias por um torpedo disparado por um submarino norte-coreano.

Segundo a organização de refugiados, que cita suas fontes na Coreia do Norte, Oh criticou os EUA e a Coreia do Sul por "cometerem a loucura de vingar" o afundamento após vinculá-lo ao regime norte-coreano.

Também reiterou que se trata de uma "calúnia" dos EUA, do Japão e da Coreia do Sul para "isolar e asfixiar" o país comunista.

O político acrescentou que, embora seu país não queira uma guerra, a Coreia do Norte responderá ao ataque dos vizinhos do Sul.

As Coreias atravessam uma situação de forte tensão depois que Seul anunciou nesta segunda-feira a suspensão das relações bilaterais e exigiu desculpas ao regime de Kim Jong-il como resposta ao ataque.

O afundamento do "Cheonan" é o incidente mais grave na disputada fronteira marítima do Mar Amarelo (Mar Ocidental) entre os dois países desde o fim da Guerra da Coreia (1950-1953), que terminou com um armistício. EFE

ce/fm