São Paulo (AE) - O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), seria o principal prejudicado pela eventual entrada de Ciro Gomes (PSB) na corrida pela Presidência da República, segundo revela a mais recente pesquisa CNT/Sensus, divulgada ontem. No cenário em que disputa apenas com Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV), Serra lidera com 17 pontos porcentuais a mais que a pré-candidata apoiada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (40,5% a 23,5%). Com a inclusão de Ciro na lista de candidatos, a vantagem do tucano sobre a petista cai para apenas 10 pontos (31,8% a 21,7%). O pré-candidato do PSB, nesse cenário, fica em terceiro lugar, com 17,5% das intenções de voto, à frente de Marina, com 5,9%.
Na semana passada, o PSDB exibiu na TV peças de propaganda que relacionavam Dilma ao apagão que, no dia 10, atingiu 18 Estados. A pesquisa, porém, não traz indícios de que o incidente tenha afetado o quadro eleitoral. A taxa de rejeição à petista caiu de 37,6% para 34,4% e seu desempenho melhorou nos cenários em que é possível fazer comparações com a pesquisa anterior, feita em setembro.
No confronto direto com Serra, em um eventual segundo turno, Dilma continua atrás, mas sua desvantagem caiu de 25 para 18,6 pontos porcentuais em dois meses. O governador de Minas, Aécio Neves, que disputa com Serra a chance de se candidatar pelo PSDB, tem desempenho mais fraco que o de seu rival. Ficaria em terceiro lugar, com 14,7%, em um cenário com Ciro (25%), Dilma (21,3%) e Marina (7,3%). Em um eventual segundo turno com a petista, Aécio perderia por 36,6% a 27,9%.
Transferência de votos
Em meio ao debate sobre a eventual capacidade de Lula de usar sua popularidade para impulsionar Dilma na campanha, a pesquisa revela que 20,1% dos entrevistados votariam no candidato do presidente, 31,6% poderiam votar e 16% não votariam. Outros 27,4% indicaram a opção “só conhecendo o candidato para decidir”.
A pesquisa evidencia os motivos que levam o presidente a tentar formatar uma campanha “plebiscitária”, centrada na comparação entre as gestões do PT e do PSDB. Para 76% dos entrevistados, o governo Lula é melhor que o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Apenas 3% disseram que votariam com certeza em um candidato apoiado por FHC, e 49,3% não votariam de jeito nenhum.
Depois de cair entre maio e setembro, a avaliação positiva do governo voltou a subir na última pesquisa. Para 70%, dos entrevistados, a gestão é ótima ou boa - há dois meses, esse índice era de 65,4%. Já a aprovação ao desempenho pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva oscilou dentro da margem de erro, de 76,8% para 78,9%.
A evolução dos índices se dá em um ambiente de crescente satisfação com o quadro econômico. Para 45,8% dos entrevistados, a situação do emprego melhorou nos seis meses anteriores. Em setembro, 36,5% tinham essa percepção. Para 32,4%, a renda aumentou - há dois meses, 28,2% deram essa resposta. A parcela que acredita em melhora na situação do emprego nos próximos seis meses subiu de 59,6% para 62,9%. Os que creem em aumento da renda passaram de 56,6% para 61,6%. Nada menos que 73,4% dizem que o ano da eleição presidencial será melhor que o de 2009.
PSDB deve tirar FHC da campanha
Brasília (AE) - A cúpula do PSDB vai “esconder” o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na campanha presidencial de 2010. Assim como ocorreu na última eleição municipal, em que candidatos tucanos como o prefeito de Curitiba, Beto Richa, “dispensaram” até a participação de FHC no programa eleitoral de televisão, dirigentes do PSDB e do DEM dizem que ele não é candidato e que o PT não vai transformá-lo em personagem nesta eleição. Apesar da providência, a oposição diz que não está preocupada com a tática petista de colar FHC à imagem do governador paulista e pré-candidato ao Planalto, José Serra.
“Problema não é ter FHC ao nosso lado. É ter a quadrilha do mensalão inteira na campanha, e a candidata petista Dilma (Rousseff) defendendo todos eles”, disse o vice-presidente do DEM, deputado Paulo Bornhausen (SC), para quem o PT deu “indulgência aos mensaleiros e os colocou na campanha”. Nos bastidores, DEM e PSDB admitem que FHC tem problemas de rejeição no eleitorado, além de ser “um desastre” na campanha de rua. Mas o tucanato avisa que tem pesquisas qualitativas comprovando que a estratégia de trazer o governo FHC para a campanha não produzirá impacto negativo para a oposição, como avalia o PT.
A reação da oposição foi provocada pela divulgação, ontem, da pesquisa Sensus/Confederação Nacional de Transportes (CNT), revelando que um candidato indicado por FHC, independentemente de nomes, tem hoje a aceitação de apenas 3% do eleitorado - frente aos 20,1% dos que disseram que votam em qualquer nome indicado por Lula. “Essa rejeição ao Fernando Henrique é uma tremenda injustiça, mas não é novidade para nós”, diz o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), convencido de que isto é resultado da “desconstrução” de imagem do ex-presidente Fernando Henrique, feita nos últimos sete anos pelo PT e pelo presidente Lula.
Fonte: Tribuna do Norte
Na semana passada, o PSDB exibiu na TV peças de propaganda que relacionavam Dilma ao apagão que, no dia 10, atingiu 18 Estados. A pesquisa, porém, não traz indícios de que o incidente tenha afetado o quadro eleitoral. A taxa de rejeição à petista caiu de 37,6% para 34,4% e seu desempenho melhorou nos cenários em que é possível fazer comparações com a pesquisa anterior, feita em setembro.
No confronto direto com Serra, em um eventual segundo turno, Dilma continua atrás, mas sua desvantagem caiu de 25 para 18,6 pontos porcentuais em dois meses. O governador de Minas, Aécio Neves, que disputa com Serra a chance de se candidatar pelo PSDB, tem desempenho mais fraco que o de seu rival. Ficaria em terceiro lugar, com 14,7%, em um cenário com Ciro (25%), Dilma (21,3%) e Marina (7,3%). Em um eventual segundo turno com a petista, Aécio perderia por 36,6% a 27,9%.
Transferência de votos
Em meio ao debate sobre a eventual capacidade de Lula de usar sua popularidade para impulsionar Dilma na campanha, a pesquisa revela que 20,1% dos entrevistados votariam no candidato do presidente, 31,6% poderiam votar e 16% não votariam. Outros 27,4% indicaram a opção “só conhecendo o candidato para decidir”.
A pesquisa evidencia os motivos que levam o presidente a tentar formatar uma campanha “plebiscitária”, centrada na comparação entre as gestões do PT e do PSDB. Para 76% dos entrevistados, o governo Lula é melhor que o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Apenas 3% disseram que votariam com certeza em um candidato apoiado por FHC, e 49,3% não votariam de jeito nenhum.
Depois de cair entre maio e setembro, a avaliação positiva do governo voltou a subir na última pesquisa. Para 70%, dos entrevistados, a gestão é ótima ou boa - há dois meses, esse índice era de 65,4%. Já a aprovação ao desempenho pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva oscilou dentro da margem de erro, de 76,8% para 78,9%.
A evolução dos índices se dá em um ambiente de crescente satisfação com o quadro econômico. Para 45,8% dos entrevistados, a situação do emprego melhorou nos seis meses anteriores. Em setembro, 36,5% tinham essa percepção. Para 32,4%, a renda aumentou - há dois meses, 28,2% deram essa resposta. A parcela que acredita em melhora na situação do emprego nos próximos seis meses subiu de 59,6% para 62,9%. Os que creem em aumento da renda passaram de 56,6% para 61,6%. Nada menos que 73,4% dizem que o ano da eleição presidencial será melhor que o de 2009.
PSDB deve tirar FHC da campanha
Brasília (AE) - A cúpula do PSDB vai “esconder” o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na campanha presidencial de 2010. Assim como ocorreu na última eleição municipal, em que candidatos tucanos como o prefeito de Curitiba, Beto Richa, “dispensaram” até a participação de FHC no programa eleitoral de televisão, dirigentes do PSDB e do DEM dizem que ele não é candidato e que o PT não vai transformá-lo em personagem nesta eleição. Apesar da providência, a oposição diz que não está preocupada com a tática petista de colar FHC à imagem do governador paulista e pré-candidato ao Planalto, José Serra.
“Problema não é ter FHC ao nosso lado. É ter a quadrilha do mensalão inteira na campanha, e a candidata petista Dilma (Rousseff) defendendo todos eles”, disse o vice-presidente do DEM, deputado Paulo Bornhausen (SC), para quem o PT deu “indulgência aos mensaleiros e os colocou na campanha”. Nos bastidores, DEM e PSDB admitem que FHC tem problemas de rejeição no eleitorado, além de ser “um desastre” na campanha de rua. Mas o tucanato avisa que tem pesquisas qualitativas comprovando que a estratégia de trazer o governo FHC para a campanha não produzirá impacto negativo para a oposição, como avalia o PT.
A reação da oposição foi provocada pela divulgação, ontem, da pesquisa Sensus/Confederação Nacional de Transportes (CNT), revelando que um candidato indicado por FHC, independentemente de nomes, tem hoje a aceitação de apenas 3% do eleitorado - frente aos 20,1% dos que disseram que votam em qualquer nome indicado por Lula. “Essa rejeição ao Fernando Henrique é uma tremenda injustiça, mas não é novidade para nós”, diz o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), convencido de que isto é resultado da “desconstrução” de imagem do ex-presidente Fernando Henrique, feita nos últimos sete anos pelo PT e pelo presidente Lula.
Fonte: Tribuna do Norte
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