Brasília (AE) - O debate sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 231/95, que reduz de 44 para 40 horas a carga horária, sem diminuição do salário, terminou ontem, no plenário da Câmara de Deputados sem consenso. Apesar do forte embate entre trabalhadores e empresários, ainda não houve acordo sobre o impacto da aprovação da medida para o mercado de trabalho.Na avaliação dos trabalhadores, a diminuição das horas semanais trabalhadas é fundamental para o aumento da geração de empregos no país. Por outro lado, os empresários disseram que existem dúvidas sobre se esse objetivo realmente será atingido.O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), destacou que esse projeto é bastante polêmico e, portanto, era necessário o debate para que depois seja colocado em votação. Por enquanto, não há data para que isso aconteça.Segundo Temer, a votação ainda deverá ser discutida em reunião com os líderes de governo. Para o deputado Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT-SP), os pontos da proposta que podem ser negociados com os empresários são o prazo para viabilização da redução da jornada de trabalho e a hora extra.A PEC 231/95 prevê uma elevação do valor da hora extra de 50% para 75%.
Fonte: Tribuna do Norte
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