quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Minha Casa Minha Vida 2, mais recursos para habitação urbana e rural


A Caixa Econômica Federal mudou sua estrutura administrativa para atender as necessidades dos brasileiros que vivem no campo, sem acesso a crédito facilitado para a casa própria, como acontece na zona urbana. A meta é construir 60 mil casas, a maioria para indígenas, extrativistas, quilombolas, pescadores artesanais e agricultores familiares, que ganham até R$ 10 mil por ano.
A mudança ocorreu devido ao pedido dos movimentos sociais do campo, pois os métodos de trabalho são diferentes nas cidades. Não é preciso, por exemplo, aquisição de terreno. No entanto, não é possível usar redes de esgoto semelhantes às urbanas e os problemas de logística e administração são diferentes. No campo, é difícil contratar empresas com ganhos em escala, porque as casas costumam ser construídas distantes umas das outras. Em vez de empreiteiras, a Caixa tem de se relacionar com o público por meio de contratos coletivos com entidades civis, prefeituras e governos estaduais para projetos de quatro a 50 famílias.
A entidade, que pode também ser uma cooperativa de produção ou associação de moradores, apresenta os projetos de engenharia e recursos financeiros e deve ter capacidade de tocar a obra. Além disso, as casas devem ter o padrão mínimo, com garantia de acesso à água de boa qualidade e tratamento do esgoto. Uma das novidades do Minha Casa Minha Vida 2 é que o projeto todo será financiado. A primeira versão pagava parte e a entidade (governamental ou não) tinha de dar uma contrapartida, precisando para isso estar capitalizada.

Valor Simbólico
Das 12 mil casas que já foram contratadas pelo Minha Casa Minha Vida 2, cerca de 11 mil são destinadas ao público que vive na pobreza extrema, com renda abaixo de R$ 10 mil anuais. Essas famílias terão de pagar um valor simbólico pela melhoria, de 4% do total investido em quatro parcelas anuais de 1% a serem pagas nas datas de aniversário da conclusão da obra.
Para as faixas de maior renda, é feito um crédito imobiliário mais parecido com o oferecido para os moradores da cidade, com a diferença que os pagamentos serão semestrais. A faixa intermediária de renda, atualmente, vai de R$ 10 mil anuais a R$ 22 mil anuais, e a terceira, acima deste teto. No entanto, esses valores devem ser redefinidos até o final deste mês. Os recursos e o projeto são tomados coletivamente pelo governo local ou entidade civil, mas o pagamento das parcelas do financiamento é de responsabilidade de cada família. (Fonte: Tribuna do Norte).

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