sexta-feira, 2 de abril de 2010

Marina Silva afirma que uma vitória do PV não é impossível


Caruaru, PE (AE) - A pré-candidata à presidência da República, Marina Silva (PV) afirmou ontem, em Caruaru (PE), na região do agreste, não ser muito provável, mas não ser impossível uma vitória do PV, um partido pequeno com poucos recursos, na eleição de outubro. Segundo ela, a candidatura do PV já está quebrando uma maneira de fazer política e observou que o PT e o PSDB precisam ter maturidade para restabelecer o diálogo e perceber que existem questões importantes e estratégicas para o Brasil que não podem ser negligenciadas. Neste caso, sempre cita a real possibilidade de se promover o desenvolvimento com preservação ambiental, dentro de um princípio amplo de sustentabilidade.

Para a senadora, é preciso garantir uma governabilidade mínima no Congresso buscando um arco de alianças que não tenha o “viés fisiológico”. Ela observou que o PSDB quis ser sozinho (na presidência) e ficou refém do DEM, enquanto o PT quis governar sozinho e ficou refém do PMDB. Lembrou, então, uma citação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, neste quadro, sobre quem vai “liderar sozinho para governar o atraso”. “Não precisamos liderar o atraso”, afirmou ela para uma plateia majoritariamente formada por alunos e professores da Faculdade do Vale do Ipojuca (Favip), no auditório da Rádio Difusora de Caruaru.

Marina cumpriu uma extensa agenda na cidade, que teve seu momento de festa ao receber homenagem de artesãos no polo de artesanato da Feira de Caruaru, a maior do Nordeste, imortalizada em música de Luiz Gonzaga. Viu a apresentação de banda de pífanos e de forró e grupo de bacamarteiros, além de receber de presente uma escultura em barro reproduzindo uma família de retirantes, confeccionada por Antonio Rodrigues da Silva, 58 anos, seguidor fiel da escola de Mestre Vitalino.

A pré-candidata concedeu entrevista coletiva e visitou a Favip, onde gravou fala a ser veiculada em emissora de televisão e rádio locais. Depois de fazer a palestra - quando foi aplaudida de pé - ela almoçou com empresários da cidade. De volta ao Recife, iria ia ter reunião interna com militantes do partido. Hoje cedo retorna a Brasília. Sua primeira incursão em Pernambuco - e no Nordeste - como pré-candidata se estendeu por três dias.

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